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sábado, 4 de julho de 2015

A natureza é fantástica: mães adoptivas podem amamentar


É possível amamentar um bebé sem ter existido uma gravidez prévia. É o que acontece por exemplo no caso das mães adoptivas. A natureza é realmente fantástica. Amamentar envolve muito mais do que colocar o bebé à mama. Amamentar é proteger, abraçar, acolher, cuidar e dessa forma aumenta o vínculo afectivo entre mãe e filho.


Como é que tudo isto é possível?

Para uma mulher que não passou por toda a revolução hormonal de uma gestação, isso é possível graças à lactação induzida. O processo de produção do leite materno resulta de um estímulo repetido. Com uma sucção repetida e estimulação adequada da mama a lactação pode ser induzida, mesmo se a mulher não teve gestação ou experiência de amamentação anterior. Com o estímulo da sucção uma mensagem é enviada para a hipófise que faz libertar duas hormonas: a prolactina, responsável pela produção de leite, e a oxitocina, responsável pela ejecção do leite.

Importa referir que a quantidade do leite pode variar de algumas gotas em algumas mulheres a quantidade satisfatória noutras. Factores maternos e relacionados com o bebé vão influenciar todo este processo. Atitudes positivas, motivação e preparação para promover e manter a amamentação são fundamentais. Se pretende amamentar um bebé adoptado, veja alguns critérios que são importantes para o sucesso da amamentação:


  • acreditar na importância do contacto próximo e na relação afectiva inerente da amamentação; 
  • sensibilizar a si mesma e a seu companheiro o desejo de amamentar;
  • ter tempo para proporcionar amamentação sem restrições ( é necessário amamentar 7-8 vezes por dia);
  • evitar o uso do biberão, mesmo quando estiver fora de casa, para isso vai precisar do apoio de outras pessoas que possam oferecer o alimento em copinho;
  • buscar apoio em profissionais de saúde especializados na amamentação;
  • ter em mente que muitas mulheres tiveram experiências positivas apesar de não cumprirem todos os critérios descritos acima. 
A decisão de tentar ou não é uma opção individual da mulher. Algumas práticas contribuem para o sucesso do estabelecimento e manutenção do aleitamento materno adoptivo:
  • Aprender sobre amamentação em geral (junto de profissionais de saúde, conselheiros de aleitamento materno, grupo de mães)
  • Informar-se sobre amamentação adoptiva com outras mães adoptivas que amamentaram.
  • Estimular os mamilos, pelo menos um mês antes, se possível. Isso deve ser feito algumas vezes por dia, por exemplo quando durante o banho, de uma forma relaxada. Estudos indicam que esse tipo de preparação ajuda as mães a alcançarem a sintonia emocional com a intimidade e dedicação do acto de amamentar. A estimulação pode ser feita, além da sucção do bebé, pela auto-estimulação , sucção pelo parceiro e bomba extractora de leite. 


Relativamente aos factores relacionados com o bebé, importa lembrar que durante todo o período em que se tenta induzir e estabelecer a produção do leite, o bebé vai crescendo e as necessidades calóricas também vão aumentando progressivamente. Esse é, talvez, um dos mais importantes factores a serem considerados quando pretende-se amamentar um bebé adoptado. É diferente ser um bebé recém-nascido, ou ter seis meses no momento da adopção, visto que as necessidades calóricas são diferentes.

O início da lactação varia de uma a seis semanas, a maioria das vezes ocorrendo após a quarta semana e é definido como o tempo em que começam a pingar algumas gotas de leite.






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